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sábado, 10 de abril de 2010

O medo da mudança

O Guilherme Cury do blog "Moda para Homens" fez um post muito interessante e reflexivo sobre o medo de mudar em geral.

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Achei que tem tudo haver com nossa sessão Antes e Depois e resolvi publicar.
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Convido todos a lerem e refletir sobre o assunto.
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Você está vendo essa imagem? Isso é como funciona o pensamento coletivo. As pessoas ficam apertadas nos mesmos pensamentos e vão vivendo assim. É conveniente! E quando um resolve pular para um ambiente melhor, com mais espaço para pensar novas coisas e onde ele possa se destacar mais, os outros ficam bravos! Sim, aqueles peixinhos apertados dariam tudo para estar lá! Mas é tão difícil dar o salto, não? Pior ainda é reconhecer aquele que teve coragem de fazê-lo.
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E assim é com tudo na vida, comecem a reparar…
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Mas como o assunto aqui é MODA, vou usar a mudança de estilo para exemplificar isso.
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Eu sou do interior e acreditem, lá, muitos pais, primos, irmãos, amigos e afins, não são tão favoráveis a um estilo moderno, descolado, etc. Você acaba sendo criado para ser como aqueles peixinhos, todos iguais e apertados… pensando a mesma coisa. E não baseio esses fundamentos só na minha experiência, mas sim na história de mil leitores do blog que mandam e-mails, comentam e/ou participam do formspring deixando esse tipo de comentário.
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Um exemplo… Eu resolvi mudar o cabelo. Na verdade não mudar, mas deixei crescer o cabelo e estou usando como eu acho bacana e gosto de usar. E muitas pessoas – mesmo as que acompanharam o crescimento do meu cabelo – vieram tecer o comentário que eu já falei no fim de um post: “Você virou EMO?”
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Quando vem essa pergunta (tanto pessoalmente, orkut, twitter, etc.) eu não sei se eu respondo ou entrego um cartão com o endereço do meu blog. Juro. A pessoa pode ser ignorante nesse assunto (ignorante no sentido certo da palavra: não querer saber sobre determinado assunto) e não ter referências (moda e comportamento de outros países), mas quem não sabe, não fala!
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Esse cara na foto acima SIM é EMO. Não só pelo cabelo, pelos piercings e pintura no olho. Mas por quê ele e muitos outros, se comportam da mesma maneira e são “amiguxos” (rs). O EMO está ligado ao comportamento e não somente ao estilo. E o principal, o EMO que decidiu adotar esse estilo-comportamento, sabe que é EMO e aceita que os generalizem assim!
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Portanto, eu não pinto os olhos, não tenho amigos EMOs, não tenho piercings, meu cabelo nem é tão moderno quanto os deles, etc e etc… Como eu posso ter virado EMO?
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O melhor é quando esse comentário ou pergunta com intuito de ofender, vem de uma pessoa que você sente que quer mudar, está louca para pular de aquário, mas não tem coragem de ser o que acha bacana.
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E daí volta na conversa que a Érica já falou há algum tempo: “Você não é o que você veste!”
Sim, esse é outro comentário que eu e milhares de outros leitores ouvem:
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“Você começou a se vestir bem melhor, hein? Está todo fashion! Não vai virar gay hein?”
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Amigo, toma outro cartão do meu blog e leia um pouquinho antes de conversar comigo!
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E só para vocês refletirem…. Esses 2 tipos de comentários eu ouvi de miilhares de pessoas do interior e/ou afins. Mas aqui em São Paulo (terra de milhares de pessoas que já pularam e pularam e pularam de aquários) eu só ouvi primeiros comentários bons. Ex: “Oi Gui! Nossa… seu cabelo ficou sensacional!”, “Você está super fashion! Não é por menos, você é publicitário e músico!”, “Adorei o novo visual hein? A namorada que se cuide agora!”
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Por quê em outros lugares/aquários ninguém pode começar uma conversa com esse tom? Tem que sempre vir um comentário – que pode parecer brincadeira, acompanhado de um sorriso – mas no fundo quer te alfinetar?
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Aí está a explicação de muitas outras coisas que poderíamos discutir facilmente. Como “Ninguém quer te ver indo bem na carreira”, “É feio dizer que você está ganhando bem”, “Dá raiva em muitas pessoas ver a outra feliz”, “As pessoas adoram fofocas”, “Elogios são julgados como interesses”, “Ninguém quer mudar”.
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Reflitam.
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Agradecimento à Guilherme Cury do blog "Moda para Homens"

1 comentários:

Deivid T. J. disse...

Ótimo post, também sou do interior e tenho cabelo bem comprido, e sinto um tipo de "preconceito" das pessoas em relação a isso, sempre que penso em algo a fazer no cabelo já fico imaginando algo que possam dizer. Mas existem sempre as pessoas que entendem e que sabem que o mais importante nisso é você se sentir bem como você quer, e eu enfrento todo esse preconceito pois me sinto bem assim do jeito que sou.

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